segunda-feira, 24 de maio de 2010

Da sensibilidade

"Uma brisa leve flutua no ar. Um toque frio, a pele exalta. O olho fechado na luz contra o Sol. Os pés pisam um verde áspero e seco. No olfato, o inconfundível hálito de inverno.
No ouvido, a música canta a solidão em versos métricos. O som alcança o infinito. Doce sabor de um dia de junho de dois mil e qualquer ano. Você caminha sem destino, caminha apenas para ir em frente. Senta na escada de pedra fria, abraça as pernas e fica. Imóvel. Estático.
As flores já explodiram em matizes. Elas olham para você fixamente. O poste no meio do caminho avisa que a noite vem chegando. Hora de ir embora. Voltar para o casulo. Porque amanhã nada disso será como hoje."

Foto: http://www.flickr.com/photos/ballet_lausanne/

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